Vozes incansáveis ocupam todo espaço
poluem todo céu
Em mudança de estados
sou dança da chuva,
qual não lava-me, leva-me ou deixa-me
aqui, além de nuvens
Interpreto-me em cores
ao escorrer por inteiro
adormeço a calma de dias inexatos
atualizo minhas inertes emoções compulsivas
invento dimensões
aladas fugas contemporâneas
...Abraço-me nas sobras de meus sonhos
Onde ficara o som daquele instante de silêncio?
Vi teus olhos cansados de sentir depois...
o instante cúmplice do presente futuro
ao desenhar, inexistentes palavras em eco
Não há contas a pagar
nada restou como bilhete
ou lugar de despedida
...Ficou um cinza rubro
sem vontade;
Como rosto pós-noite que
amanhece ao sol...
E olhos a avaliar,
horas maquinais por quais não caminho
No canto o violão espera
a harmonia e o completo
sozinho ao pó
a contornar as curvas e os riscos
de ser imaginação ou equívoco
ao juntar-se ao ar, esvair-se ao nunca.
Mia Vieira
2oo7
Eu me amarro nesse título, já to seguindo o blog!
ResponderExcluirVocê escreve que é uma fodeza!