Exteriorizando o desgosto
Fratura exposta
Tentando cicatrizar ferida
Vou colhendo pelos cantos
Pedaços de espelho
Migalhas de desprezo.
Como válvula de escape;
Eu danço!
Uma marcha fúnebre
Já que os sonhos
Parte morta de mim
A dor acoplada
Tornou-se companhia
Malditos dias de chuva
Em que tudo não se acaba
Eu não queria acordar amanhã
Raios de sol
Esclarecem a tristeza
Tornam-se nítidas
Lágrimas nos olhos
Na falta da verdade
A certeza do fim
É o que resta.
Resta saudades de um tempo
Quel não me levou
Hoje encontro em minha perdição
Um vazio alucinante
Gargalhadas delirantes
Entre corpos congelados
Embriagada é a lógica
Insensível !
De tudo o que habita
Um mundo cheio de portas.
2006
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