terça-feira, 7 de junho de 2011

Febre destes dias amarelos

Seca o sol a fuga em círculos
Sempre espero ao abismo
labirinto um novo verso
Seco o som do precipício
Inverno o ser em vidro
Quase morta a vida, incolor

Sussurrei em olhares
Tateei o vazio
(...Eu quase sonhei).

Febre destes dias amarelos
Infinito o grito em vicio
Ocos, dias sem manhãs
Arboresce sempre ao lado
No escuro, quase igual
O que chove não alaga
(....O que nem falta faz).

Cortava os coloridos
Não voltei dos nunca mais
Congelei-me para o nada
Permaneço em esquisito
Esquecido ao copo sujo.

Mia Vieira
Fevereiro de 2009 RJ

Um comentário: