Acordo não todos os dias com vontade de chorar, a lapidar esta angustia fecho a porta do quarto. Eu parede. Asfixia a ausência, experimentação involuntária. Há cataclismas, hormônios, agônia e gelo. Eu dilúvio.
Todo resto de garrafa compreende os alicerces desta guerra fria e anatômica. Não me importo com Freud, o que resume é a canção suspensa no ar. Sintomas do que sinto, roxos calmos, sem sol e solo. Fumo enquanto passa, enquanto não passa a manhã no canto. Desenferrujo-me, os ossos doem..dor nos quartos.
Podia tudo ser tua falta e no inferno permaneceria em alivio, não tem nome a solidão nem literatura, silênciar a vida é profano, promiscuo . Água.
Isento então o corpo da culpa, o que permanece no intocável trasborda, transcede até morrer a tarde, estio.
8 de junho de 2011
Rio de Janeiro
Vi suas tripas nesse, muito bom Mia!
ResponderExcluirSaudades!